A
dor em mim
Dói-me
o silêncio
Deste
vazio em que caí, desamparada,
Ao
pressentir que já não posso fazer nada
E
que mil sombras estão, agora, sobre nós...
Dói-me
a ausência
Que,
tantas vezes, foi a minha companhia
Que
transformou em negra noite o meu dia
E
que, em mim, da música calou a voz!
Dói-me
a lembrança
De
minaretes envoltos em luz dourada.
De
leves gôndolas na bruma prateada,
De
praias cheias de ouro puro e azul sem fim...
Resta
o silêncio
Repleto
de ecos dessas horas de magia
Que
escuto agora, nesta lenta agonia
pois
sei que és tu, somente tu, a dor em mim...
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